A alma é imortal?
O erro da crença da imortalidade não se baseia na bíblia. Encontramos na bíblia cerca de quatrocentas vezes a palavra "alma" e cinquenta vezes a palavra "espírito", mas nunca lhes é ligada a idéia de imortalidade inata.
Se os protestantes crêem na imortalidade da alma, não é porque tenha encontrado, na escritura base para essa crença, mas porque herdaram da igreja católica, a qual por sua vez, a derivou da filosofia dos povos pagãos, incorporando-a religião, no princípio da idade média, quando o paganismo invadiu a igreja e acarretou a apostasia da doutrina original contida nas escrituras sagradas. Foi então aceito grande número de erros graves. Entre outros, o da crença da imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina deu-se o fundamento sobre qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração da Virgem Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorpora a fé papal. Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou de purgatório e intitulou para amedrontar as multidões crédulas e supersticiosas. Com esta heresia se afirma a existência de um lugar chamado de tormento, ao qual as almas dos que não mereceram condenação devem sofrer castigo por seus pecados, e quando libertos da impureza , são admitidos no céu. Foi a manifestação dos anjos caídos, disfarçados em espíritos desincorporados de pessoas defuntas, que deu origem à crença da imortalidade da alma. Desde tempos remotos, a comunicação com supostos espíritos de mortos, tem sido a base da idolatria pagã. A manifestação desses anjos caídos, em formas de pessoas mortas, é uma farsa com que Satanás procura dá vida à mentira por ele lançado no princípio do mundo: "Certamente não morrereis" (Gênesis 3:4).
O homem não possui a imortalidade inata. Disse Deus ao primeiro homem posto no mundo: " De toda árvore do jardim do Éden comerás livremente; mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comereis; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2: 16-17). Satanás, porém, contra-disse esta afirmação divina com a seguinte mentira "Certamente não morrereis". Nestas condições, no dia em que o homem caiu em desobediência, foi pronunciada sobre ele a seguinte sentença de morte: és pó, e em pó te tornarás (Gênesis 3:19).
Em seguida foram tomadas providências para que o homem não pudesse perpetuar a vida, pois Deus não poderia consentir que um pecador se tornasse imortal. Então disse o senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente: o senhor Deus, pois o lançou fora do jardim do Éden. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida (Gênesis 3: 22-24). Se o homem tivesse imortalidade inata, que necessidade teria ele de comer da árvore da vida.
Caso o homem, depois da desobediência, tivesse tido acesso á árvore da vida ter-se-ia tornado um pecador imortal. Mas o caminho da árvore da vida foi guardado por querubins e pois a nenhum membro da primeira família humana foi dado comer do seu fruto.
Biblicamente, a alma é mortal, pois as palavras "corrupção","morte", "morrer", "perecer","matar", etc... são aplicadas. Exemplos: " Aproximou-se a sua alma á corrupção e a sua vida ao que traz a morte (Jó 33:32).
"Não poupou a alma deles á morte...(Salmos 78:50) etc...
Eis que o próprio Jesus Cristo declara que a alma é perecível.
De maneira nenhuma poderia o homem ser imortal, pois ninguém a não ser Deus possui a imortalidade inerente."...o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos Reis e Senhor dos senhores: aquele que tem ele só, a imortalidade. (1 Timóteo 6:15-16).
Resumo do livro... e a vida continua? autor A. Balbach