IMORTALIDADE, DOM GRATUITO DE DEUS
Viver eternamente em gozo interminável, o homem não pode ter anseio maior que este.De todas as ciências, a que trata desse assunto é a mais importante. De todos os tesouros, este é o mais precioso. Entre tudo quanto há de mais valioso neste mundo o dom da vida eterna ressalta como objeto principal.
A vida eterna não é simples quimera: é uma realidade. O propósito de Deus,na criação do homem era que o mesmo vivesse eternamente.
O homem foi criado com vida dependente de obediência aos mandamentos de Deus,condição esta sob que os anjos - seres superiores ao homem em sabedoria,glória e poder - também tem vida . O primeiro homem perdeu este dom, pela desobediência.E como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado entrou a morte, assim a morte passou também a todos os homens.(Romanos 5:12).
O homem é portanto mortal.’’Nós também somos mortais”...disse o apóstolo (Atos 14:14).
Com efeito, Deus na sua palavra, a Bíblia, classifica o homem como mortal.”Eu, diz o Senhor,eu sou aquele que vos consola;quem pois és tu, para que temas o homem, que é mortal...?”(Isaias 51:12).
Onde fica, diante desta declaração, a doutrina da imortalidade do homem.
Isso não quer dizer que a imortalidade esteja fora do alcance do homem.Deus possibilitou o homem ter o dom da vida eterna.
A imortalidade, prometida ao homem sobre condição de obediência, foi perdida pela transgressão. Adão não poderia transmitir à sua posteridade aquilo que não possuía; e não poderia haver esperança alguma para a raça decaída, se pelo sacrifício de seu filho, Deus não houvesse trazido a imortalidade a seu alcance.Ao passo que a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram, Cristo trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho. (Romano 5:12), (2° Timóteo 1:10).
A vida eterna ou a imortalidade é um dom gratuito (Romanos 6:23) ao alcance de todos por meio de Cristo sobre condição de Obediência.
Aquele que crê no filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no filho não verá a vida...(João 3:16,36).A doutrina da imortalidade inerente anula, pois, a necessidade de um salvador e, bem assim, as condições impostas pelos mesmos, para a aquisição da vida eterna, a saber, obediência aos mandamentos de Deus. Por um lado, a Bíblia declara que o homem só pode ter a vida eterna por meio de Cristo, sob condição de obediência, e por outro lado, uma falsa teologia, que procede de Satanás, assevera que o homem é por si imortal. O único que prometeu a Adão vida em desobediência foi o grande enganador. E a declaração da serpente a Eva, no Éden – Certamente não morrereis – foi o primeiro sermão pregado a cerca da imortalidade da alma. Toda via esta assertiva, repousando apenas na autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos da cristandade, e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como foi pelo nossos primeiros pais. À sentença divina : A alma que pecar, essa morrerá ( Ezequiel 18:20 ), é dada a significação: A alma que pecar, essa não morrerá, mas viverá eternamente. Não podemos se não nos admirar da estranha fatuidade que tão crédulos torna os homens com relação as palavras de Satanás, e incrédulos com respeito às palavras de Deus.
Diz a propósito, o apóstolo Paulo: “Mas pela dureza, e coração impenitente, entesouras para ti ira no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que há de retribuir a cada um segundo as suas obras; com vida eterna, por certo, aos que, perseverando em fazer obras boas, buscam glória, e honra, e imortalidade; mas com ira e indignação aos que são de contenda, e que não se rendem à verdade, mas que obedecem à injustiça”. (Romanos 2:5-8). O fato de termos que “buscar” a “imortalidade” significa que ainda não a temos, pois que necessidade teríamos nós de buscar aquilo que já tivéssemos? Ela será concedida aos obedientes “no dia...do justo juízo de Deus”.
Resumo do livro ...e a vida continua? Autor A. BALBACH